A CAÇADA
Ando pela floresta entoando
Um canto baixo e pensativo
Na noite escura e enganadora
Aos sons da minha palavra
Em pensamento aflitivo
Com memória armada
Ante o denso caminho
Que passei e enfrentarei
Sem a guarda do aspiro
Passos do meu destino
A frente eu encontro
Arvore pra descanso
Mao na minha espada
Precavido e perto dela
Era um jovem manso
E um sereno comeca
Onde terei alento
Para adiar meu sono
Paragens do norte
Continuo assim atento
Ha um movimento
De súbito e notado
Apenas uma impressão?
Me abaixo e engatinho
Me preparo ao momento
Furtivo me pareceu
E vi sua fina tática
Um ladrão da sombra
Que por um momento
Esqueceu da pratica
Me aquieto ante folhas
Que me aparece ao lado
Ai esta minha guarda
Espero a sombra encalta
Feroz,de olho armado
Faco o facil golpe
Num lance de piscar
Tomba sombra ao chao
Em descida rapida
Sem movimento a mostrar
E quase manhã
E espero o sol soar
E vejo jovem morto
Sombra de que foi
O olho ainda a brilhar
Sombra de homem manso
Como eu sempre a trilhar
Na noite de caçada
Com lembranças de casa
Pra devo voltar!