A CAÇADA

Ando pela floresta entoando

Um canto baixo e pensativo

Na noite escura e enganadora

Aos sons da minha palavra

Em pensamento aflitivo

Com memória armada

Ante o denso caminho

Que passei e enfrentarei

Sem a guarda do aspiro

Passos do meu destino

A frente eu encontro

Arvore pra descanso

Mao na minha espada

Precavido e perto dela

Era um jovem manso

E um sereno comeca

Onde terei alento

Para adiar meu sono

Paragens do norte

Continuo assim atento

Ha um movimento

De súbito e notado

Apenas uma impressão?

Me abaixo e engatinho

Me preparo ao momento

Furtivo me pareceu

E vi sua fina tática

Um ladrão da sombra

Que por um momento

Esqueceu da pratica

Me aquieto ante folhas

Que me aparece ao lado

Ai esta minha guarda

Espero a sombra encalta

Feroz,de olho armado

Faco o facil golpe

Num lance de piscar

Tomba sombra ao chao

Em descida rapida

Sem movimento a mostrar

E quase manhã

E espero o sol soar

E vejo jovem morto

Sombra de que foi

O olho ainda a brilhar

Sombra de homem manso

Como eu sempre a trilhar

Na noite de caçada

Com lembranças de casa

Pra devo voltar!

Aluísio Bórden
Enviado por Aluísio Bórden em 22/01/2016
Código do texto: T5519615
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