ÚLTIMO ENCONTRO...
Eu, me encontrarei um dia com a morte...
E direi a ela: "Bom dia", "Boa tarde" ou "Boa noite"...
Ela, como a tradutora perfeita da vida
Falará com sua voz em sonoro açoite:
Sê bem-vindo! Da senda sofrida ou feita de sorte...!
Se o encontro se der em noite nublada e escura
Pedirei que me deixe tomar,
Antes que se destine ao destino que se procura,
Um imersivo banho de luar,
A fixar-me uma luz serenando a loucura...
Se for numa boa tarde, a seu encontro eu me pôr...
Clamarei: um pouco aguarde, o crepúsculo dourado
Para que eu veja o céu recamado
Pelo pássaro de fogo mergulhado
Em meus olhos que se fecham azuis sem cor...
Ah! Mas, se eu me encontrar pela manhã
Com a foice cor da madrugada
Eu jamais a temerei e o nada
Pois, a madrugada tece o fio d'ouro do amanhã
Que faz todo passado amanhecer
No presente que o futuro vem tecer...
E eu direi, bom dia! À sóbria e humilde senhora
Anfitriã modesta, da única certeza...
Mesmo que a luz falte à transição da hora
Esperarei como a gota de orvalho na rosa
Pela madrugada solitária, beleza luminosa
O horizonte perdido, arrimo à nova aurora
Na partida pra alegria, da estação da tristeza...
Autor: André Luiz Pinheiro
16/11/2015
Interação da querida poetisa: Roberta Lessaa... (Meu muito obrigado poetisa - fico sempre honrado)
ABRINDO MARES E MARÉS
o poeta na poesia se traduz eternidades.
COBRINDO FORTES E SORTES
o poeta na poesia se produz infinidades.
SUBINDO CÉUS E VÉUS
o poeta na poesia se reduz alteridades.
SORRINDO POUCAS E BOCAS
o poeta na poesia se reluz simplicidades.
ABRINDO PORTAS E COMPORTAS
o poeta na poesia se conduz afinidades.
RUINDO MEDIDAS E FERIDAS
o poeta na poesia se seduz integridades.
CAINDO ABISMOS E LIRISMOS
o poeta na poesia se introduz amorosidades.