dar-se conta
dar-se conta
dos rios perdidos
das tardes que morreram,
das sombras do meio dia
dar-se conta da tristeza
e da esperança que espremida
entre os entulhos nos acolhe em seus braços.
dos amigos idos, dos rostos esquecidos,
desse presente
que inunda
desse arranjo que não arranja
desse violão que não toca
desse trombone mudo
desse lado do mundo
desse mundo todo cheio de medo
de mim
atravessando essa vida