dar-se conta

dar-se conta

dos rios perdidos

das tardes que morreram,

das sombras do meio dia

dar-se conta da tristeza

e da esperança que espremida

entre os entulhos nos acolhe em seus braços.

dos amigos idos, dos rostos esquecidos,

desse presente

que inunda

desse arranjo que não arranja

desse violão que não toca

desse trombone mudo

desse lado do mundo

desse mundo todo cheio de medo

de mim

atravessando essa vida

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 27/12/2015
Código do texto: T5492236
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