A vida, uma constante de rio a desaguar,
ou um rio a correr sem deságues,
sempre desemboca na própria nascente,
ou permanece infinito,
como se o ciclo do nunca abrisse todas as possibilidades.
 
Não, não me quero confundir em certezas,
deixo que a confusão se dê à beira do abismo.
Preciso crer ali, de ali,
de um salto repentino de um penhasco,
antes de atravessar pensamentos que pesam
o salto que fica à beira;
depois de ver o olhar mendicante do abismo
em comunhão com um céu em que nada se espelha,
é isso.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 26/12/2015
Código do texto: T5491509
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.