A vida, uma constante de rio a desaguar,
ou um rio a correr sem deságues,
sempre desemboca na própria nascente,
ou permanece infinito,
como se o ciclo do nunca abrisse todas as possibilidades.
Não, não me quero confundir em certezas,
deixo que a confusão se dê à beira do abismo.
Preciso crer ali, de ali,
de um salto repentino de um penhasco,
antes de atravessar pensamentos que pesam
o salto que fica à beira;
depois de ver o olhar mendicante do abismo
em comunhão com um céu em que nada se espelha,
é isso.
ou um rio a correr sem deságues,
sempre desemboca na própria nascente,
ou permanece infinito,
como se o ciclo do nunca abrisse todas as possibilidades.
Não, não me quero confundir em certezas,
deixo que a confusão se dê à beira do abismo.
Preciso crer ali, de ali,
de um salto repentino de um penhasco,
antes de atravessar pensamentos que pesam
o salto que fica à beira;
depois de ver o olhar mendicante do abismo
em comunhão com um céu em que nada se espelha,
é isso.