O verbo
Antes do nada/
É a essência/
A semente/
No silencio da alma/
Pois o que saltar da boca/
Ao mundo sentenciara o fim ou o começo/
Por isso se deve lapidar os argumentos nas palavras/
Pois se em tempos tribulosos/
Em casas desacertadas/
Ousar num argumento/
Cujo víeis entoar motim/
Teremos enfim, a guerra/
Mas se por ventura apascentado forem os tons dos versos/
Intermediar-se-á a paz/
É tão imprescindível/
Que pode ainda persuadir o corpo ao pecado voraz/
Iludindo o coração/
Que ansiosos pela felicidade/
Embarcam cegos na efemeridade da paixão/
Ou se não/
Tomados pela inocência/
Prestigiados pela luz da verdadeira devoção/
Fogosos vão em direção/
A eternidade do amor/
Seja como for/
Hás de ser cuidadoso, na versão do verbo/
Pois que até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio/