Navegadores, hoje as águas refletem o dourado                             dos malabaristas de palavras e imagens. 
                          Joguemos a âncora! Uma pausa nos convém. 


Muitas velas perambulam pelas águas.
Tantas velas descolorem oceanos.
Inúmeras embarcações são arquétipos do veleiro que acolheu náufragos em cativeiros.
Estamos reféns de nós mesmos.
Projetamos o céu do olhar em águas revoltas;
Quantas vezes azulamos o plainar do pássaro em queda?
Como nos era excitante dropar no topo dos ventos até chegar às areias da libertinagem?
Prostituímos nossos corpos anímicos.
Alimentamo-nos de ventos e empanturramo-nos até ao aprazível da cegueira.
 
Pensar extensamente atrofia o navegar. Retiremos as âncoras. 
Velejemos!

 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 22/12/2015
Reeditado em 22/12/2015
Código do texto: T5488018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.