Solitários


 
1
Horas ocas,
bocas,
vazios infindáveis.
 
Sugam
como turbilhão
do olho
de um furacão.
 
O redor
e
o longe,
nada foge.


 
2
Horas ocas,
bocas
de saco
sem fundo.
 
Consomem
o sonho, a ilusão
e
a fantasia.
 
Nada
lhe  escapa.
Nem capa
 ou verniz ou realidade.


 
3
Horas ocas,
bocas
famintas.
 
Beijo sem lábios,
sorrisos
tristes.
 
Horas ocas.
Revelação
dos instantes
sem ti.
 
Horas ocas...
Sei que tu
também sentes.
 
Tu negas
com os lábios
fechados...
 
 
Teu  olhar revela!
 



Leonardo Lisbôa
Barbacena, 15/09/2014
 
Poema para Ange
                       de Lo.
 
Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 27/11/2015
Reeditado em 27/11/2015
Código do texto: T5462865
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.