Livre e solta, lástima...

Sentia a brisa e libertei a alma jurada
Onde um bem-querer é só promessas
E aonde deixarei suspiros só infelizes
Mas te pergunto, onde é meu jardim?

Sigo eu avante e meus pés estão aqui
Valente diva dos meus lírios despidos
A rainha de primavera num lacrimejar...
E eu, no pomar alvitre, lamento risos

Mas te indago e chorarei, como vives?
Assim a tão sólida madame das flôres
De cuja sina é o triste olhar pendente!
Desértico tem sido este o meu quintal

E o porque de ser perdido um chorar!
Te direi em estrelas que me alimentam
Deste céu de desamparo mui cinzento
O que sou ou deveras sendo desolada
Mas a minha oração não é das ilusões

De onde tiraste a dor de suas flores?
Este suor angústia que resseca terra
A este solo despido das compaixões...
E te respondo com sorriso e enigmas
Que mais quero é sendo a jardineira
Aquela que de amôr reluz sementes!

Ah, o meu sorriso sem as respostas!
Este desertar do olhar na esperança
O que sou a donzela de mar e terras
No instante em que oferelo mil jardins
Eu sou a que desesperará covardes!
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 24/11/2015
Código do texto: T5459216
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