QUER SABER?

Fui ferido fui pisado,

A bomba explodida quase me acabo,

Tudo ao nada,

Jogo involuntário no cérebro.

Vida plugada,

Teve corpo a corpo,

Teve montaria,

Guerras estúpidas.

Nem um só acreditaria,

Que na sucessão do elo,

Tudo muda chega a vez do amarelo.

Tantos outros ainda são mitos,

Bem sei não me castigo.

Tantos, tantos, forjam a razão na palavra,

O real o que se segue é que nem retrato.

Passar a vista e ver claro,

A cegueira parece crônica,

Só veem o anacrônico,

Que importa?

A dor que fica é pura solidão,

Vez em quando peço:

Alegra coração!

Sectário o mundo ainda é?

Acho que não...

Mas a fera dentro do bicho,

Vai na ilusão de pai pra filho.

Então... até que alguém buzina,

Para que buzinar?

O trem segue no real e no sonho,

Trilhos nunca faltaram, bisonho!

Incrível: é que se pensando que se vai acordar,

Melhor bem parece é não sofrer por isso,

Que parece vero...se não acordar é sonhar,

E fica a deixa: O eterno é sempre novo,

Zombaria na cara do bobo.

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 15/11/2015
Reeditado em 17/12/2015
Código do texto: T5449455
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