QUER SABER?
Fui ferido fui pisado,
A bomba explodida quase me acabo,
Tudo ao nada,
Jogo involuntário no cérebro.
Vida plugada,
Teve corpo a corpo,
Teve montaria,
Guerras estúpidas.
Nem um só acreditaria,
Que na sucessão do elo,
Tudo muda chega a vez do amarelo.
Tantos outros ainda são mitos,
Bem sei não me castigo.
Tantos, tantos, forjam a razão na palavra,
O real o que se segue é que nem retrato.
Passar a vista e ver claro,
A cegueira parece crônica,
Só veem o anacrônico,
Que importa?
A dor que fica é pura solidão,
Vez em quando peço:
Alegra coração!
Sectário o mundo ainda é?
Acho que não...
Mas a fera dentro do bicho,
Vai na ilusão de pai pra filho.
Então... até que alguém buzina,
Para que buzinar?
O trem segue no real e no sonho,
Trilhos nunca faltaram, bisonho!
Incrível: é que se pensando que se vai acordar,
Melhor bem parece é não sofrer por isso,
Que parece vero...se não acordar é sonhar,
E fica a deixa: O eterno é sempre novo,
Zombaria na cara do bobo.