SEM LÓGICA

Às vezes me confundo

Com o meu próprio pensamento,

Ouço da minha alma o lamento.

Acelera-se descontrolado o meu coração...

Algo parece viver comigo à contra-mão,

Vivo do inesperado, da incerteza...

Há uma alternância de beleza,

E de mera ilusão...

Ser poeta não e tão bom, assim...

As nuvens lhes dão saudade.

Os rios são artérias que levam a hemoglobina,

Que alimenta a vida da natureza...

O poeta é natureza - é, também, vida,

Tem artérias e veias escarlates,

Seu líquido gira em simetria,

Não vira mar, somem... No adeus.

O poeta faz versos

Não se preocupa com a lógica,

Porque é outra a sua realidade...

Acredita que nada é analógico

É-lhe duvidosa, até a realidade...

Não há uma pura verdade,

Quem fala é a sua alma

Não é a razão...

Talvez não seja nada...

Apenas...Emoção.

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 27/06/2007
Código do texto: T543520