De meu punho nascem flores
De meu punho nascem flores
Flores fortes e persistentes
Que mesmo em meu clima árido
Lutam por sobreviver
Girassois que nas derrotas florescem
Maiores e mais belos
De meu sangue nascem flores
Flores certas e serenas
Que escorrem, espalham e se multiplicam
Levando vida Onde Tudo era cinza
Tornando-se a seiva das criaturas mortas
De minha dor nascem flores
Flores belas e solitárias
Que nascem da morte de todas as outras
Girassois que nunca viram a luz do sol
Mas que resistem e comprovam com a sua própria existência
Que ainda há esperança
É que o tempo das flores ainda não terminou