O retrato do poeta-Menino
O artista quando ainda jovem,
Não se sabe artista, ainda.
Chora por coisa pouca,
Se fecha em fantasias.
Para outros, pode ser mais um louco,
Ele, desdenhoso, não dá a minima.
Mas anda sempre triste, silencioso,
Olhando os passarinhos,
Os olhos de um menina.
Os sorrisos,
os dedos enrijecidos, lhe apontam,
Aprontam com o fragíl menino.
Ele sai quieto,timido,
O passo, descompassado,
Tateia o seu proprio caminho.