Antenas da Morte

Espero e quero no esmero do tempo,
A brasa da brisa difusa, a voz profusa,
Covardia, calmaria, versos ou vísceras, 
Iscas de fogo, faíscas, fagulhas do sol.

Acelero, rompo, arrombo, corrompo,
Tombo o cálice de cristal, saturo vivo,
Fraturo os ossos de sal, o bem, o mal,
Resenho e desdenho as rimas da vida.

Espelho as sombras, dobras e sobras,
Cobras serpenteando, fluxo das veias, 
Vermes escareando, visitando a carne,
Atrozes cenas, antenas vivas na morte.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 26/09/2015
Reeditado em 09/10/2015
Código do texto: T5395104
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