Magia?

E essa onda percorrendo

as veias da vida

Como um rio correndo sedento

rumo ao mar

Beijado pelos ventos

assanhando folhas perdidas

No meio da tarde batendo à porta

sem nenhum aviso

E dai se há crises cobrindo o mundo?

E dai quantas coisas foram erros

ou quantas foram acertos?

Não fazem nenhuma diferença as interrogações!

É simplesmente primavera!

Podia ser qualquer outra estação

E dai?

Essa chuva ousada descendo dos céus só

Para molhar os meus cabelos

As nuvens assistem a água escorrendo

Meus átomos estão frenéticos

É somente isso!

Um segundo escrito, sentido, vivido

Um segundo eterno ao sabor do tempo

Sou dona do mundo dos sentidos

Dos mundos perdidos

Sou dona dos castelos de rosas

Dos caminhos de estrelas

E do luar de prata

Sou a dona das taças e metáforas

E sou tão dona que detenho as paisagens

E então?

Que onda é essa que me invade, se nem mesmo

sussurra de que deserto partiu?

Fecho os olhos, paro tudo

Sou refém dos luares, das estrelas, do vento,

Das ondas

Sou ecos no meio dos instantes de uma tarde de

primavera

Simone Stone
Enviado por Simone Stone em 25/09/2015
Reeditado em 26/09/2015
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