CEMITÉRIO DE ANIMAIS - Poesia nº 09 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Dias quaisquer, em pensamentos,
Eu sempre de ti, aqui me lembrava...
Foram tantos e bons, os momentos
De brincadeiras, carinhos, amizades;
Você foi a dádiva, que Deus me deu.
Nossa! Amava-te demais, te amava...
Em cada ocasião dessas, eu muito
Triste chorava por tuas saudades!
Em latidos me falavas com alegria,
Da tua fome e sede; eu entendia!
E quando bem eu não me sentia,
Dos meus pés, não se arredava;
Lambia em beijos a face minha,
Meu carinho você sempre queria.
Quando ias dormir na tua caminha,
Vigiavas-me e, um sono cochilava!
Há! Querido comparte, meu cão
Fiel de estimação, meu cãozinho!
Pagaria em dias pra ser consolado,
O meu carente espaço pelo teu viver,
Para tê-lo de volta aqui, um tempinho,
Acariciá-lo muito, muito, ao meu lado!
Dentro de mim tens o seu cantinho,
E eu jamais, ir-te-ei de esquecer...
Hoje sei que estás bem protegido,
Em nossas mais lindas recordações.
E nesses dias, por tua falta querido,
Meus momentos nunca serão iguais.
Na terra eu viverei sem você, mas lá
No céu juntaremos nossas emoções;
Pois, aqui muito tristemente, eu já
Sepultei-o no cemitério de animais!
Eduardo Eugênio Batista
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