FILHOS DA POESIA - Poesia nº 08 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Vejo os meus anos se
Desbotarem como tinta...,
...Nesta grande tela da vida,
Na qual, fui um dia, pintado.
E numa estranha fúria da
Imaginação, que faminta,
Poderão ler essas linhas
Escritas do meu passado!
Ah, os verdes tempos que
Tomaram-me boas horas!
Nas maduras vezes em
Que retive os conselhos,
Eu fui dono muito cedo
De homens e senhoras...,
...Apanhei de mim e dos
Meus castigos, de relhos!
Por ser um moleque atrevido,
Conquistei sonhos, vi magias...
Dentro destas minhas euforias,
Vivi em flor, minha paternidade!
Filhos eu sempre tive e irei ter,
Foram muitos da noite pro dia!
A escrita em lição me serviu...,
...Sou cada poesia que se fazia,
Quando a manhã se anunciava!
Com elas, depois, feliz eu dormia...
As auroras são perfeitas esposas,
E poesias, amantes da eternidade!
Eduardo Eugênio Batista
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