AMOR MARINHEIRO - Poesia nº 04 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Pensei em deixar-te

Um buquê de flores

Como o presente de

Despedida neste dia...

Foram noites e madrugadas em fervores,

Degustadas na volúpia que em nós havia!

Não, não é nada fácil

Sentir esta separação,

Do destino que chama,

Um amor de saudades!

Mesmo que haja sentimentos no coração,

Faço-me juiz e réu das próprias verdades...!

Sentia eu e muito forte,

Um calor ainda distante,

Nestas minhas viagens

Do suposto bel-prazer...

Era a sua presença no meu inconsciente,

Que o tempo, não mais me deixará trazer!

A minha solidão navega

Nesta paisagem infinita,

Num fado meu, em vão,

Pra rever meus amores!

Mas, na imensidão que meu coração habita,

Levarei somente os seus perfumes e dores!

Porque sou das pobres

Mulheres um vagabundo,

Doo o meu amor a quem

Pede-me, sem ter trocas...

O coração de marinheiro é dono do mundo,

Sou livre, sonhador, logo partirei das docas!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 15/09/2015
Código do texto: T5383601
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