AR - Poesia nº 74 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"

Ah! Meu leve e puro ar,

Que ao se transformar,

Neste meu imo de vida,

Absorvo-o vivo tão forte,

E me livras dessa morte...!

A morte que eu não respiro,

Qual desse pesadelo retiro,

E que em nós causa ferida!

Como te pegar ou guardar,

Neste seu invisível habitar?

E no mundo dos elementos,

Tu, mais rico dos alimentos,

Não tens a honra merecida!

Fazer todo o ser sobreviver,

Ser tão vital, sem aparecer...

Meu ar livre e que consumo,

Dos pulmões é o meu sumo,

E pro coração se faz batida!

E que preço deve-se pagar,

Sem o teu sumiço nos levar?

Minha dívida é em lamento,

Que não alcanço no tempo,

Na tua forma tão agredida...!

E avisas-me com o vento só,

Que não há piedade nem dó!

Quando você rarear e desistir,

No que faz morada meu ir e vir,

Farei a nossa triste despedida!

Seu último suspiro - suspirará,

E depois, nunca mais voltará!

Eduardo Eugênio Batista

@direitos autorais registrados e protegidos por lei

Setedados
Enviado por Setedados em 02/09/2015
Código do texto: T5368632
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.