SINOS - Poesia nº 72 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Começam os toques dos sinos,
Seus timbres tão gostosos de ouvir...
E eu pendurado na altitude dos anos,
Penso nos dias, nas horas e porquês...
Nas suas badaladas em zinabres devaneios,
Envelheço, envaideço-me em profunda alma...
Poderosos estrondos uníssonos, cortantes,
Que penetram nas batidas do meu coração!
Já vi que são os instrumentos dos céus,
Fazendo sentir-me um anjo total e eterno...
Assim os ouço, pois sei que brandem tocados
Pelos mortos que um dia, cá me pertenceram...
Quando pego carona com vocês...,
Eu vou muito além..., no infinito!
Soltando meu corpo e viajando
Com seus sons, voo rumo a um
Espaço envolvente e esquecido!
Assim, eu morro feliz um dia qualquer,
Sabendo de que vocês me levarão
Para um lindo mundo de plena paz,
Onde seus embalos serão eternos
Sustentos do meu sono de sonhos!
Eduardo Eugênio Batista
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