PLENITUDE - Poesia nº 71 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Ainda que eu também sinta,
O passado aqui tão presente;
Não o minto, escrito nesta preta tinta,
Onde o meu existir nunca foi ausente.
É feito uma sombra na minha mente...;
...Pois, o que de mim lá partiu,
Trago de volta por onde fluiu...;
...E jamais me deixarão, nem no antes,
Nem no depois, dos sonhos distantes!
O que foi a dor, volta em lamento
Do que sobrou em meus pedaços;
Chorando ao rir, de uma falsa alegria,
Não engano o que eu fiz em juramento,
Que foi levado pelo tempo em abraços,
Na distante plenitude que não morreria!
Ainda que também implore,
Pelo futuro que se prometeu,
Deixo sentir antes que demore,
Minha força nesse cantinho seu;
Porque, a tudo o que fomos já existiu,
Não voltará o destino que por lá sumiu.
Dentro de acertos, sobraram os errantes,
Mentindo para felicidades tão ausentes!
Eduardo Eugênio Batista
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