Insinuação

Percebo-te,
a cada insinuação,
com a simplicidade
dos pés descalços e desprotegidos,
da inocência dos sorrisos sem compromissos,
do credo inabalável dos fiéis!
 
Incorporo-te!
 
Dispenso armaduras.
Trajo-me pautas e cores,
ensaio retoques e sabores,
aguardo teus incensos e essências.
 
Verbenas, frésias, açucenas;
baunilhas, rosas, magnólias;
miguet, cravos ou lavandas.
 
Quando chegas,
ó verso em nascedouro,
entoo um poema em reticências
até  que se module a inspiração.
 
Rogoldoni 
18 12 2014
Esta poesia participou e foi classificada para o Concurso Flor do Ipê, da UFG
Publicada na Antologia Café com Verso, vol. IV, 2015, SP, Editora Delicata



 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 18/08/2015
Reeditado em 07/11/2016
Código do texto: T5350307
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