ASSIM NASCEU UM POETA

Um dia, ele partiu sem rumo,

Abandonou todas as suas tralhas

Nos cantos da velha alcova escura...

Deixou tantas palavras de amor

Nas paredes do velho casarão...

Ficou lá, gravado, o coração

Da infância de beijos e abraços.

Adulto, ficou sem saber para onde ia,

As vicissitudes desnortearam o seu ser...

Numa manhã escreveu uma poesia,

Vejam, isso não era uma loucura!

Foi quando descobriu o que queria,

Tomou a decisão de ser um poeta...

Nasceu-lhe uma vida de fantasia,

Criou, então, seu próprio mundo.

Tudo o satisfazia, o muito ou o pouco...

Viu que, na verdade, era um esteta

E por fazer poesia, era um poeta,

Um amigo da natureza...

Jamais um louco.

Tarcísio Ribeiro Costa

Brasília, 02 de abril de 2006

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 20/06/2007
Código do texto: T534414