claridade

abre-se um porta

e fecha tantas outras,

ostras,

ou fossas dilatadas

que dobra por entre

as mulas do tempo

silêncio á beira

do mar

o medo é a névoa que

me apavora,

a moça não mais me escuta

o tempo fecha

no batente desses dias,

o escuro

me rodopia

pia não grita

abafado

como a vontade das águas volumosas

e todas as coisas

me olham com pálpebras

desenganadas

ah, solidão verbo

que me arrebenta

o coração

nessa noite sem fundo

o riso cala diante da noite

sem fim

mas é

dessa luz tão pouca que

quase não acende

que eu

tiro o meu sustento

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 01/08/2015
Código do texto: T5331637
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