claridade
abre-se um porta
e fecha tantas outras,
ostras,
ou fossas dilatadas
que dobra por entre
as mulas do tempo
silêncio á beira
do mar
o medo é a névoa que
me apavora,
a moça não mais me escuta
o tempo fecha
no batente desses dias,
o escuro
me rodopia
pia não grita
abafado
como a vontade das águas volumosas
e todas as coisas
me olham com pálpebras
desenganadas
ah, solidão verbo
que me arrebenta
o coração
nessa noite sem fundo
o riso cala diante da noite
sem fim
mas é
dessa luz tão pouca que
quase não acende
que eu
tiro o meu sustento