O AMOR HOJE
O AMOR HOJE
Já não sei mais o que quero da minha vida...
O amor passou a ser tema de filme triste,
É a fome do cão de rua embaixo da marquise.
Não vejo o horizonte no fim do caminho,
Os prédios tampam tudo e matam os sonhos,
Talvez eu tenha que fugir em um corisco...
Já não sei mais em quem eu posso confiar,
Quem me oferecerá o mel com a acidez do limão,
Quem me dará rosas com o ardor da urtiga...
Minhas tatuagens da alma se perderam,
O PSVCTA que tanto cultuei virou só runas,
E o amor virou uma ficção cientifica tola...
Gera a agonia do cio das freiras reclusas
Que aprisionam o seu principal pedaço...
Hoje galopo a dor dos cavalos apocalípticos.
Restou papel rasgado na lixeira da vida...
Tanto rascunhos e nada foi completado...
Obra vazia sem ter faixa de chegada...
A caixa de pandora continua guardada,
A coragem acabei não tento afinal de contas,
Pois ao não tê-la mais quis voar da janela para a vida...
André Zanarella 27-10-2014