Doce engano

Não sou tua

Não sou de ninguém

Não sou nada

Nada tenho a oferecer

Sou sereia, sou cigana

alma vã que te encantou

O meu corpo é uma serpente

que em silêncio o envenenou

Minha voz, suave e doce

em melodia o enfetiçou

Meu sorriso, minha máscara

tanto fez que te enganou

Minha mão, tão sorrateira

sem querer, o apunhalou

Não te zangues nem me culpes

não há nada a lamentar

Todo o amor que me doaste

é uma jóia a se guardar

Cada toque em tua alma

cada gesto bem pequeno

foi tentando te entregar

do amor que em mim não tenho...