Avesso

Sou uma poesia breve

escrita toda em silêncios

de uma profundidade escondida

com um não-sei-quê de atrevida

de cores múltiplas, exalando serenidade

com versos lúdicos, recheados de bondade

Trago nas páginas de meu ser

algo de doce, algo de bem-querer

canto em meu livre versejar

a beleza de viver e de sonhar

sou toda poema, soneto, cantilena

toda forma de rimar se faz presente

em meu ser poético, que se extasia

com uma simples e sonora melodia

que se expande quando o amor está ausente

e se torna mais belo com a dor de cada dia

porém não sou lamento, tenho a força do vento

para espalhar qualquer forma de sofrimento

a tristeza não faz parte de meus versos

canto sempre a alegria, não admito ser vazia

Na verdade fui criada para ser um poema triste

mas, não sei... acho que saí do avesso...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 17/06/2007
Reeditado em 19/06/2007
Código do texto: T530601