CENTELHA
Derrubar o muro sentencioso dentro de mim,
rasgar as faixas, para que a luz possa atingir-me
intacta nesta busca íntegra de ficar ilesa e despertar.
Olho ao redor, desespero de mim mesma e do mundo,
sinto as peias, a escravidão que habitam em meu ser,
queimando-me, centelha, nas formas estreitas
deste meu entendimento humano.
Quero ser investigadora sincera de mim e dos outros.
Assim não sendo, jamais poderei participar
da grande realidade, viver,
sentindo cada vez mais o desespero de ânsia da verdade.