CENTELHA

Derrubar o muro sentencioso dentro de mim,

rasgar as faixas, para que a luz possa atingir-me

intacta nesta busca íntegra de ficar ilesa e despertar.

Olho ao redor, desespero de mim mesma e do mundo,

sinto as peias, a escravidão que habitam em meu ser,

queimando-me, centelha, nas formas estreitas

deste meu entendimento humano.

Quero ser investigadora sincera de mim e dos outros.

Assim não sendo, jamais poderei participar

da grande realidade, viver,

sentindo cada vez mais o desespero de ânsia da verdade.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 07/07/2015
Código do texto: T5303372
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