Ressurreição

E dos motivos para viver esqueci a todos,
Eletrodos cativos acendi no meu coração,
Aqueci, demoli e edificado, refiz contratos,
Ocupei a solidão com o meu medo pagão.

E dos removidos, para deter o muro vivo,
Executei a tiros todo o pelotão da tortura,
Aluguei a rotina da vida e lustrei a botina,
Ocupei livre meu esqueleto, com gordura.

E dos corpos vivos com almas já mortas,
Determinei no discurso sujo, o conhecido,
Tecido em verbos, salivas, saúvas do lixo,
Recuperei nos rascunhos, o hino perdido.



A primeira das quatro do sarau, para atender a Marina Alves!
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 30/06/2015
Reeditado em 01/07/2015
Código do texto: T5295289
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