Constelação

Soltei um grito de dor no infinito

Onde o som teus ouvidos

Não pudessem alcançar

Alcovitei milhões de corações

Embasbacados por beleza

E inexatidão

Vesti-me qual messalina

Indo em busca de olhares

E compadecimento

Meu alimento só pode ser teu coração

Mas não mo destes

Relegastes aos escárnios

Tua emancipação

Conclamo tua luz

Nua em pedras

Do desvario no qual

Encontro o fio da teia do meu abandono

Deixe-me amar teu corpo

Uma noite mais

E o frio do sereno de Saturno

Enlaçar-nos-á em seus anéis

Farei sem pressa

Serei tua donzela

Sob a luz do nosso luar

Ofertarei duas tulipas roxas

Ao nosso amor

Que tu saborearás ao sabor do vento

A cada gemido

Olharás uma estrela

E juntos faremos

Uma constelação!

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 15/06/2007
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