Esvaído

As ruas solitárias têm vida

Os muros altos segregam

E as almas seguem no espaço

Espaço qualquer invisível

Escalas de altitudes longas

Medíocres pensamentos

Hiatos e ditongos perdidos

Paroxítonas dissonantes

Fluídos ressequidos num colo qualquer

E Ele ainda ama o amor

Nunca lhe apresentaram

Ele o ama com a gana de um homem

Entre as escalas... muros

Ruas solitárias e armários

Aguarda-o numa esquina vazia

Sem o sentido que espera

À procura do deleite preliminar

Satisfação inalcançável, embora sentida

Norteado ao gozo de um sustento

Portanto amado pelo seu desejo

Seja homem num sonho não amadurecido

Perdido no caminho da idade

Percurso apressado de tributos

Descarrilando-se, embora contente