DUBIEDADES

Quando a minha alma desperta

Com a presença do meu amor,

Nos delírios dos meus sonhos,

Sob o silêncio da madrugada,

Um encanto e um resplendor

Revelam-me que não há nada

Mais sublime do que o amor...

Mas, se sucede uma ansiedade,

Quando desperto do meu sonhar

E a solidão invade meu coração,

A tristeza cruel da dor da saudade,

Subtrai de mim o direito de amar...

Como é perversa essa verdade,

São os lados frios de quem ama,

Os lados do sonho e da realidade.

Assim, o sonho é uma intromissão

Que de mim tira a tranqüilidade,

E faz viver triste o meu coração...

Porque é constante o meu sonhar,

E, assim, levo a vida a questionar

Se não é melhor viver sem sonhar..

Mas é não é fácil essas dubiedades,

Não quero viver essa amarga apatia,

Seria mesmo que abjurar as fantasias,

Que alimentam as minhas saudades.

Tarcísio Ribeiro Costa

Brasília, 10-06-2007

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 14/06/2007
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