Chove

A voz gravada nos urros da tempestade,
Ventos desenham no céu o corpo inteiro.

Grafitadas todas as células do grafiteiro,
O cadeado negro do céu libertando raios.

Jogada, a água flui pelos rios do espaço,
inunda o chão e afoga os pés das raízes.

Espasmos, arrepios, um definido abraço,
Chovem rios, delírios, delusões doentias.








 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 03/06/2015
Reeditado em 03/06/2015
Código do texto: T5264860
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