Sigo à Margem
Sigo seco frio,
em mil emoções me perco
não envolve o que se viu
liberdade o que sentiu
o que fechou o meu cerco.
Sei o que sei..
mas nada digo à dúvida
onde as vozes dormem em mim
como sombras que já não ligo
Fujo ao contrário
nem covardia me encanta
mas este cerco que me tranca
no avesso do cenário.
Sigo assim como falhas na luz
querem ver acontecer
como ânsias no vento
tentam traduzir
a outra vida no tempo
traz-me o riso só por rir.
Sigo distante
onde as vivencias se fecham
como uma história que alguém
algum dia vai ler no cerco
das emoções que senti...
Nuno Godinho
30-5-2015