VIDA DIVIDIDA
Vida partida, dividida
Entre o papel social e a rotina
Que cumpre, qual coadjuvante cabotina,
Figurante entediada e inexpressiva,
Sonhando com amor e paixão na sua vida,
Com o amante que a espera, às vezes, na saída.
De um lado mecânica, robótica, passiva...
Do outro, lúbrica, romântica, atrevida.
E vai catando migalhas, ressentida,
Pois, covarde, não teve coragem de escolher
E vive momentos roubados, para sobreviver.