Miragens
Cursou turvo numa breve visão embaçada,
Caiu na luz do céu, uma noite embriagada,
Vulcanizou na pele o tecido vestido de dia,
Despertou bocejos, abafou sono e sintonia.
Descruzou a cruz, acendeu o sol, a manhã,
Destilou a uva e na pele perfumou a maçã,
Apedrejou o vidro, feriu Narciso no espelho,
Ondulou o lago que do azul se fez vermelho.
Desenhou a foto, desmembrou o corpo frio,
Desviou o leito e confundiu as águas do rio,
Secou bactérias e fungos, adoçou sal e mar,
Beijou a vida,
anestesiou a dor,
asfixiou o ar.
Cursou turvo numa breve visão embaçada,
Vulcanizou na pele o tecido vestido de dia,
Despertou bocejos, abafou sono e sintonia.
Descruzou a cruz, acendeu o sol, a manhã,
Destilou a uva e na pele perfumou a maçã,
Apedrejou o vidro, feriu Narciso no espelho,
Ondulou o lago que do azul se fez vermelho.
Desenhou a foto, desmembrou o corpo frio,
Desviou o leito e confundiu as águas do rio,
Secou bactérias e fungos, adoçou sal e mar,
Beijou a vida,
anestesiou a dor,
asfixiou o ar.