cria
Olho-o logo, sua carne temperada
De tempos carcomidos
, as palavras saem de tua boca
Como se gasta, como se enferrujas
Não lhe diz nada a janela aberta
O rodopio das coisas incertas
O sol banhado cada coisa com seu
Colorido virginal,
Tu sabes de outras portas ,
Cancela desprovida de outros lados,
Escuro escudo empedrado,
E tua massa de pensamento
Continua na engrenagem diária
Não se importa com grito
Que sai das árvores
Com gemido das tempestades,
Com o olhar famintos dos homens
Tu pensas e desse turba de palavras
tu é gerado, não cria.