cria

Olho-o logo, sua carne temperada

De tempos carcomidos

, as palavras saem de tua boca

Como se gasta, como se enferrujas

Não lhe diz nada a janela aberta

O rodopio das coisas incertas

O sol banhado cada coisa com seu

Colorido virginal,

Tu sabes de outras portas ,

Cancela desprovida de outros lados,

Escuro escudo empedrado,

E tua massa de pensamento

Continua na engrenagem diária

Não se importa com grito

Que sai das árvores

Com gemido das tempestades,

Com o olhar famintos dos homens

Tu pensas e desse turba de palavras

tu é gerado, não cria.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 28/05/2015
Código do texto: T5257839
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