Eu vi nascer o poeta

Olhos que não viram
Lampejos de pura imaginação
Claras que formavam um rio
E o homem navegava em sua indagação...

Redes estendidas
Como pensamento em volto ao motim
Outro sentado sobre a margem
Vendo ao longe o principio do fim...

E a grande luz dourada que irradiava
Emanada de um mistério sem descrição
Vi os homens em volto a casca
Erguendo as redes da imaginação...

E aquele que atravessara o rio
Sai andando sem a luz perceber
Como os galhos que estavam sobre a areia
Sem vida... apenas um entardecer...

Não vi a figura do homem
Mesmo que me forcem a acreditar
Só vi o poeta nascer
Na imagem e na arte de poetizar...




 
SantosRine
Enviado por SantosRine em 25/05/2015
Código do texto: T5254628
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.