Outonal
Entendemos as manhãs de outono,
No rangido das janelas cinzas, frias
Do último quarto das nossas vidas.
O sol em erupção pelos arrepios,
Passos em silêncio semi-invernal,
Pássaros cantam dores dos dias.
Claro, ele possui o corpo do verão,
E a calada alma calma do inverno,
Ele escreve em chamas e lê gélido.
Não é a maior cobiça dos poetas,
É o fim das águas, o início da seca,
A lâmina de aço e a frágil cortiça.
Entendemos as manhãs de outono,
No rangido das janelas cinzas, frias
Do último quarto das nossas vidas.
O sol em erupção pelos arrepios,
Passos em silêncio semi-invernal,
Pássaros cantam dores dos dias.
Claro, ele possui o corpo do verão,
E a calada alma calma do inverno,
Ele escreve em chamas e lê gélido.
Não é a maior cobiça dos poetas,
É o fim das águas, o início da seca,
A lâmina de aço e a frágil cortiça.