O RASCUNHO DA FALA
Cuidando do que falo
Muitas vezes me calo
Escrevo o que penso
Repenso o que escrevo
Desfaço e refaço
Primeiro sou eu e o que sinto
Depois o meu eu no outro
Se me faço entender
E quando me convenço
Que ambos se aceitam
Às vezes publico
Nem sempre é o que escrevo
Mas é sempre o que penso
E por mais sincero que seja
O outro é quem decidirá
Porém, insisto em acreditar que é possível
Os versos tomarem vida
E quem sabe tornar algo melhor
Visto que a memória é frágil à fala
Depois de inúmeras leituras
Vem a caneta por sobre o lápis...
Eis que falo: - Tudo está consumado!