JABUTI DE MIM MESMO
JABUTI DE MIM MESMO
Quando eu sonho estou mais acordado,
Deixo a minha casa de jabuti de lado,
Fora do casco sou um pássaro alado,
Em meus sonhos sou guerreiro e rápido.
Como jabuti, eu estou vendo sempre o fim,
As mazelas do passado que há em mim,
O pai agressivo que vem bravo do botequim,
Espancado minha bondade, pois isso é ruim.
No sonho minhas asas são tão enormes,
Elas são perfeitas dentro dos conformes.
A vida quebra a asas deixando-as disformes,
Chegando à bordoada sem usar informes.
Hoje o jabuti é uma fênix que sobrevive,
Veste-se de palhaço e medico inclusive,
Olhando para os sonhos que eu nunca tive,
Subindo sempre apesar de viver no declive.
O jabuti hoje é fênix e é também vitorioso...
André Zanarella 12-08-2014