poema da graça
o chão envelhece
e nossas pernas
tremem.
as lembranças
chegam e o coração
entra em desordem
e já não somos
mundo
somos
qualquer coisa
de escondido;
as feridas se abrem
e nos conta
certas verdades
algo de suas partes
e no meio do redemoinho
vamos nos relembrando
e um novo terreno
vai se criando
e de repente
algo de novo explode,
um uivo
um berro
uma porrada
eis a vida se renovando