COLHEITAS INGLÓRIAS!
Por vezes, cético, me pergunto:
Como cheguei até aqui!?
Sobrepujei o tempo?
Vivi tantos e todos momentos lindos!
E, as lembranças agora fugidias,
Refletem na tela de instantes indizíveis,
Parecem até mesmo "se esquecer",
Do abraço dado, do sorriso recebido,
Da carta, de um e-mail,
De tantas e de diversas pessoas
Que "eu conheci"...
Até mesmo de "um beijo"!
E inda assim, sempre me pergunto:
Tudo isso foi, é verdade em minha vida!?!
E continuo essa jornada,
Que teve um começo e não terá fim...
Enquanto "eu puder", colho sorrisos,
Indiferenças, abraços apertados,
Alegrias esfuziantes, em cada vez
Que "eu enterneço" um coração.
De outras, colherei em cada dia,
Nas gotas dos suores que caem em bicas,
O pão de cada dia que embeleza a mesa,
Que sacia "minha fome", e a de tantos,
Tantas vezes incapazes de dizerem: Obrigado!
Mas, como não sei e ninguém sabe,
Agradecer À Vida por tanta abundância,
Subsisto hoje as migalhas
Contentes de outras existências,
Que lutam, persistem, querendo
Ser felizes. E por mim e por todos,
Pobremente, só sei dizer:
Obrigado, PAI!!