MADU
Flor derradeira de um velho jardim.
És grão semeado sem o plantio perfeito.
Quando olho, dói fundo o meu peito
por ter sido você concebida assim.
Queria evitar, não estava nos planos, como sofri.
Dores. Solitário suplício. Escondidos prantos.
Tive nojo de mim. Em meu âmago quase morri.
Períodos insones na noite. Foram tantos...
Senhora soberana, guardadora de riquezas.
Essencial. Agora que a mim vieste pura,
“Rosa de Sharon” abranda-me as tristezas.
O tempo afinal guarda as chagas consigo,
esconde - as. Colibri, tenho agora tua alvura
que me acompanha e a refugio fundo, comigo.