ALMA PROVECTA
Às vezes exagero na ousadia,
Mas isso é verve de poeta...
Minha alma, embora provecta,
Conserva-se perspicaz, sensível e inquieta
E continua a encher-se de fantasias,
Tecendo-as em versos e poesias...
Se alguém me diz que já é tarde para sonhar,
Que deveria fincar os pês no chão, ao caminhar,
Eu respondo: “Acaso não vês as asas
Que me deram meus pensamentos”?
E saio, exibida, voando alto, acima das casas,
Para minha alegria e, também, para o alento
Daqueles que meus poemas leem,
Neles encontrando algum contentamento...
E, saibam que, para minha surpresa,
E a de outros, também,
Meus leitores já são bem mais de cem...