DOCE MENINA.

A doce e perfumada flor, nascera no canto úmido da rua deserta,

E tantos que passaram por ali, nenhum ousara tocá-la ou arrancá-la

Mas vindo, a chuva e a tempestade caiu, e a enxurrada pode levá-la.

Conheceu o córrego, o rio, o mar, sem se livrar ainda que desperta!

Da mesma forma eu encontrava doce menina no caminho que eu sempre andava...

Velha estrada rústica com casas espaçadas, debruçada no portão e misteriosa.

Talvez seu jeito amordaçado me inibisse qualquer iniciativa de prosa,

E sem iniciativa eu, no meu percurso vazio de amor, caminhava!

Um dia, a encontrei no mesmo portão, abraçada a um namorado!

Velho estilo de namoro, me enciumei, não era eu o felizardo!

Passados os tempos com minhas andanças naquela viela,

Encontrei-a com ares de senhora e bem mais bela,

Com o ventre volumoso, ela estava grávida e esboçava alegre sorriso!

Foi a chuva, a tempestade e a enxurrada do amor que lhe fizeram isso!