Não olhemos
Os rastros de pétalas pelas vias da memória
A nos guiar a um horto que foi ensolarado
Onde a fertilidade da terra
Permitiu-nos floradas de lumes
Pelas leiras do coração.
 
Lá só há sombras impenetráveis,
Mantilha entrançada com fios de ferro,
Extenso ofício enferrujando-se em nossas mãos.
 
O tempo se aquieta em um resumido chão... 
 
Deixemo-nos ao trepidar de uns restos de gravetos
Inflamados por extintas lavas basálticas
Das desertas e escuras planícies da alma.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 25/03/2015
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T5183045
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