Hoje me vesti de flores,
suavizando as ruas por onde os passos tocam as pedras.
 
Fui poema nas mãos de um trovador embriagado,
versificada em folhas secas caídas de galhos estremecidos.
 
Ventos giram sombras na quietude do concreto
volteando as folhas de versos triscados no olhar poeta
que, pisando a terra, cambaleou no infinito,
esfarrapando o delusório azul dos céus.
 
De flores, contendo guias de néctar,
Evidenciados no espectro ultravioleta.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 24/03/2015
Código do texto: T5181189
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