Sabe? O vento do verão é quase uma ilusão. Não tem passado nem futuro, mas chega assim e balança de alto a baixo, não paga fiança dessa liberdade que perjuro...
Sabe? Ele é do momento e até segurá-lo eu tento... Mas balança os galhos e parte antes ou depois da chuva que a minha vidraça turva. Sua performance é uma arte...
E eu? Eu fico o chão olhando. Este que a chuva vai molhando e que já me viu chorar; viu-me amar e até sorrir... Esse chão de searas porvir e que só precisei plantar.
Mas não plantei, e o que me resta é o vento que me sequestra trazendo coisas que vivi... E são nesses sussurros; ou nesses silêncios casmurros onde me abrigo sem ti...
( Imagem google)
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 16/03/2015
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