Chove lá fora,
Se sol houvesse não seria desigual.
No calabouço há só uma penosa luz iluminando as misérias contínuas
De quem buscou uma janela e deparou-se com muros frios,
E apalpando os muros encontrou uma fenda.
De que serviria uma fenda a não ser para estreitar o infinito
E ampliar a solidão do cárcere arraigado no âmago?
Asas que ostentam a liberdade
Curvadas à sombra factícia das coisas,
Acaso entregam-se a decifrar as falas dos ventos
Que estão a contar coisa nenhuma?
Se sol houvesse não seria desigual.
No calabouço há só uma penosa luz iluminando as misérias contínuas
De quem buscou uma janela e deparou-se com muros frios,
E apalpando os muros encontrou uma fenda.
De que serviria uma fenda a não ser para estreitar o infinito
E ampliar a solidão do cárcere arraigado no âmago?
Asas que ostentam a liberdade
Curvadas à sombra factícia das coisas,
Acaso entregam-se a decifrar as falas dos ventos
Que estão a contar coisa nenhuma?