poesias

Diante do rio

O pavor se expande

Acendo a lamparina

De palavras e me ponho

em seu leito.

Cada passo dado compreendo

Que nada é

O que foi a primeira vista

Que as formas se formam

Conforme a altura dos andaimes

Quando atolado onde a luz

Não chega, aprendo a esperar

E não me desespero pois sei

Que cedo ou tarde o muro cede.

O percurso e imenso quando

Comparado aos meus pés

E pequeno se visto sob os olhos

De minha vontade,

Cada parada aprendo a respirar

E lapidar os olhos para ver melhor.

As paisagens são tantas

Verdes, secas, amarelas

Sedentas, mortas, vivas

Uivadas, incendiárias

E vou indo,

Sempre indo e fazendo

Meus relatos

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 12/03/2015
Código do texto: T5167238
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