poesias
Diante do rio
O pavor se expande
Acendo a lamparina
De palavras e me ponho
em seu leito.
Cada passo dado compreendo
Que nada é
O que foi a primeira vista
Que as formas se formam
Conforme a altura dos andaimes
Quando atolado onde a luz
Não chega, aprendo a esperar
E não me desespero pois sei
Que cedo ou tarde o muro cede.
O percurso e imenso quando
Comparado aos meus pés
E pequeno se visto sob os olhos
De minha vontade,
Cada parada aprendo a respirar
E lapidar os olhos para ver melhor.
As paisagens são tantas
Verdes, secas, amarelas
Sedentas, mortas, vivas
Uivadas, incendiárias
E vou indo,
Sempre indo e fazendo
Meus relatos